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TÓPICO: Formação

Re: Formação 15 anos 5 meses atrás #1736

  • Madre
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Certo!

Quem não tem mais do que esse "acabar de ter recebido uma formação nisso" irá, certamente, ficar-se por quase-repetir aquilo que lhe foi ministrado (e, mesmo assim, talvez até um pouco aquém, por não ter conseguido processar e integrar tudo nos seus mapas mentais), não denotando amplitude de conhecimentos e prática, e sem acrescentar grande mais-valia, quando o que se pretende é dotar os formandos de competências "de agora" e potencialidades "de depois". É que, quando trabalhamos dentro da nossa área, evoluímos com ela (a menos que nos desleixemos); quando assim não é, não que seja impossível, mas é muito menos provável e, decididamente, as hipóteses de estarmos a dar formação com insuficientes capacidades aumenta.
Repito: não que eu (isto é uma mera hipótese) não pudesse ser melhor professora de Português do que um licenciado em Português, mas... E sabê-lo? Sou eu que o sei? Não sou. São vocês que o sabem, só de me ouvir falar ou ler o que escrevo? Também não. Serão os meus alunos? Não me parece. Quem?...
Daí que o facto de se ter aprofundado estudos e experiência relevante em determinada matéria, não sendo um dado totalmente seguro, será, até ver, uma boa pista. Pelo menos, até que tenhamos boas avaliações de desempenho. Todavia, é mesmo só um dado, num contexto em que jogam muitos outros, sim!

Ana: no entanto, não tem que ser, obrigatoriamente, a área académica "oficial" a ditar as tuas escolhas. Formação de Formadores, por exemplo, é coisa que ministras independentemente da tua formação de base. Mas - lá está - dar formação de formadores sem a ter, é que não me parece muito aceitável. No caso em concreto, confesso que fico dividida: se te consideras uma boa utilizadora de informática, não vejo por que não devas doar os teus conhecimentos a quem deles precisa (é tudo uma questão de consciência real do teu valor). No entanto, julgo que, a haver quem domine melhor a temática, seja quem o deva fazer. Como perguntas se podes ou não fazê-lo, a resposta é: podes! I.e., se a instituição aceitar, não há nada que o impeça.

Um exemplo prático: o meu pai é técnico de electrónica, óptica e mecânica de precisão. Tem o 5º ano, e o que faz foi aprendendo, ora frequentando formações, ora porque trabalha nisso desde garoto, sendo que conhece de trás para a frente a evolução que a tecnologia sofreu, em especial a digital. Aqui há tempos, uma escola secundária convidou-o para lá dar umas formações e, durante todo esse tempo, ele foi, claro, o "docente" menos habilitado no que concerne a habilitações académicas. Acontece, porém, que não havia mais ninguém capaz e disponível para explicar àqueles jovens os mistérios da tecnologia satélite. Donde, justificou-se que os alunos aprendessem com quem sabia. É possível, no entanto, que também ganhassem eu ouvir alguém com uma abordagem menos empírica e mais científica (talvez); mas acredito que aqui valeu a pena. Já se ele fosse um curioso, não teria valido!

Mas enfim... São opiniões. E não deixa de ser um bom tema para nos pôr a discutir, né? :-)))

Boa sorte e um abraço,

Madre
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Re: Formação 15 anos 5 meses atrás #1737

  • Josh
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Olá Madre!

É sempre bom poder debater estas questões e concordo com aquilo que disseste. Muitas vezes, a prática é que faz o mestre, como no caso do teu pai.
Porém, num processo de selecção as pessoas (tanto candidato como recrutadores) têm que ter o "bom senso" de fazer as coisas como devem ser feitas.
Ou seja, a Ana (para retomar o mesmo exemplo) até pode ter muito bons conhecimentos de informática e saber, quem sabe, mais do que alguns ditos "engºs" mas as coisas nao podem ser feitas assim.

Não posso chegar a um centro qualquer e dizer "olhe, nao tenho formação em psicologia mas sei muito do assunto". Isso não é suficiente! A avaliação dos candidatos tem que ser objectiva, sob pena de descredibilizar desde as instituições de ensino oficial como até a propria formação em cada um dos domínios.

Cumprimentos! ;)
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Re: Formação 15 anos 5 meses atrás #1738

  • AnadeSousa
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Olá a todos!

Madre, não sou do ISPA, mas da Lusófona :)

Em relação ao que foi dito, concordo que não se deva meter "a foice em seara alheia" como diz a minha avó, mas eu desde sempre gostei de informática e estou a tirar o ECDL como um engrandecimento pessoal (e acreditem que tenho aprendido bastantes coisas), para mim própria, por forma a saber que quando apresento num currículo a frase "noções de informática na óptica do utilizador", detenho de facto esses conhecimentos e tenho forma de os comprovar, numa Era em que cada vez mais as tecnologias de informação e comunicação são divulgadas e exigidas. No entanto, apenas quando acabar o ECDL poderei consciencializar se me sinto apta a dar formação (de referir, Básica) na área de informática na óptica do utilizador. Não acho que por uma pessoa ser da área X ou Y não possa dar formação noutras áreas se se sentir habilitada para tal e essa habilitação seja reconhecida pela entidade empregadora. Afinal de contas, se falharmos junto dos formandos, essa responsabilidade será nossa, e não acredito que haja muita gente interessada nisso :)
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Re: Formação 15 anos 5 meses atrás #1739

  • Madre
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Josh:

Concordo. É preciso saber fazer regras.
(E saber quando as quebrar... Sorry, mas ocorreram-me os dilemas moral/justiça/ética, lol)

Ana:

"Se falharmos junto dos formandos, essa responsabilidade será nossa"... Mas o dano será deles.

E é deles que se trata! :-)

Abraço a ambos!
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Re: Formação 15 anos 5 meses atrás #1741

  • AnadeSousa
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Sem dúvida Madre! Daí ser necessário haver uma selecção adequada dos técnicos por parte da entidade empregadora. Um certificado não faz um bom profissional, como referiu acerca do seu pai, muitas vezes a experiência vale mais, e a experiência é algo muito valorizado na área de formação juntamente com as certificações.

Cumprimentos
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