Na Formação de Formadores aprendem-se técnicas pedagógicas, mas nunca - jamais! - aquilo que deve ou não deve ser ensinado do tema da nossa especialidade. Quero com isto dizer que um psicólogo, um advogado, um técnico de recursos humanos, um historiador, um jardineiro, um sapateiro, o que seja... Cada um saberá, melhor que ninguém, o que vai no seu tasco, não devendo a opinião dos outros valer mais do que a sua, pois competir-lhe-á decidir o que dizer, sempre que no futuro for chamado a actuar como formador. É também isso que se testa nas Autoscopias. Percebo que possa parecer mais fácil aceitar ideias de estranhos, mas esses, por mais que lancem um tema, não conhecem o estilo do formador, o tipo de grupo, não sabem como será!

Escolham um tema bem restrito, que dominem, de que gostem, que os faça sentir à vontade para interagir, porque isso conta; uma coisa simples mas interessante e bem disposta, que marque as pessoas, que as façam gostar. É na relação pedagógica próxima, segura e credível que está o segredo. Isso, a par com uma comunicação eficaz, com olhos para o grupo e não apenas para si, serão o sucesso de uma autoscopia. É a minha opinião pessoal, como formadora de formadores.

Muito boa sorte!